Aprenda um pouco do que está por trás de algumas tecnologias
As tecnologias que rodeiam e facilitam nossas vidas muitas vezes carregam uma história surpreendente. Você conhece, por exemplo, a origem da palavra robô? Sabe que as empresas tech têm um país favorito para fazer testes? Já viu a primeira página que foi ao ar na rede?
O TechTudo reuniu os principais fatos curiosos do mundo da tecnologia na lista a seguir. Acompanhe as curiosidades sobre os produtos tecnológicos, a indústria e as pessoas por trás deles.
1. O mascote do Mozilla Firefox não é uma raposa
Ao contrário do que sugere o nome, o animal que aparece no logo do navegador Firefox não é uma raposa, mas sim um panda vermelho. O bicho é um mamífero de porte pequeno com pelos vermelhos e manchas brancas na face e está em perigo de extinção. É conhecido também como “raposa de fogo”, ou seja, firefox em inglês. Como o panda vermelho não é muito conhecido, o designer que fez o logo acabou usando traços de uma raposa, aumentando a confusão.
O nome Firefox foi uma alternativa encontrada para Firebird, título que escolheram inicialmente, mas já era usado por outra empresa. Firefox é similar, soa bem e é fácil de lembrar, dizem os criadores.
2. A origem da palavra “robô” remete a trabalho forçado
Quem cunhou o termo “robô” foi o escritor, jornalista e filósofo checo Karel Capek, na peça teatral de sucesso Rossum’s Universal Robots, em 1920. Na obra, uma empresa usava biotecnologia avançada para produzir trabalhadores em massa. Eles não tinham alma ou sentimentos, mas podiam fazer todo o trabalho que os humanos queriam evitar. Com o tempo, esses seres acabam dominando o mundo.
Eles foram chamados de “roboti”, que vem da palavra “rabota”, da antiga língua eslava eclesiástica, e significa servidão de trabalho forçado. A história da peça é uma alegoria para a revolta em massa dos trabalhadores unidos e, segundo historiadores, produto do sistema de servidão da Europa Central, em que inquilinos pagavam seus alugueis com trabalho forçado. Além disso, outra curiosidade é que Capek era opositor declarado de Hitler e procurado pela Gestapo.
3. Empresas de tecnologia costumam testar produtos na Nova Zelândia
Muitas companhias de software, redes sociais e desenvolvedores de aplicativos recorrem à Nova Zelândia para testar e aperfeiçoar seus produtos e serviços. O motivo? O país da Oceania é considerado isolado o suficiente para evitar vazamentos, com o benefício de que a população fala inglês, tem gostos e poder econômico semelhantes aos ocidentais. Lá, é possível descobrir e consertar bugs antes do lançamento, inclusive testando o suporte para um grande número de usuários. Microsoft, Facebook e Yahoo, por exemplo, já fizeram testes no mercado neozelandês.
4. O celular no bolso e a síndrome da vibração fantasma
O fenômeno em que você acha que seu smartphone está vibrando, mas ele não está, tem nome: síndrome da vibração fantasma. Pesquisadores explicam que a causa são “hábitos corporais aprendidos”. As pessoas passam a sentir o celular deixado no bolso como parte do próprio corpo, da mesma forma que acontece com quem usa óculos, por exemplo. Assim, às vezes, percebem sensações como o movimento da roupa ou espasmos dos músculos como se fossem a vibração do telefone.
Usuários relatam sentir “vibrações fantasmas” quando têm o celular no bolso — Foto: Divulgação
5. A primeira câmera do mundo levou oito horas para tirar uma foto
A primeira fotografia da história foi feita em 1826, capturando a vista de uma janela na região de Le Gras, na França. Foram necessárias oito horas de exposição para registrar a imagem em uma placa de estanho de cerca de 20 x 16 cm. Já em 1839, surgiu o daguerreótipo, primeira câmera que chegou ao grande público e reduziu o tempo de exposição para 15 minutos. Ainda assim, consegue imaginar ficar parado por todo esse tempo? Não é a toa que antigamente as pessoas saíam sentadas e sem sorrir nas fotos.
A primeira foto do mundo ficou conhecida como “Vista da Janela em Le Gras” — Foto: Divulgação
6. O e-mail foi criado antes da internet
O primeiro sistema de e-mail era um programa chamado Mailbox e ficava em computadores do Instituto de Tecnologia de Massachusetts (MIT), já em 1965. Um usuário podia deixar uma mensagem para outro, que seria visualizada na próxima vez que o segundo fizesse login na mesma máquina.
Gmail é hoje um dos clientes de e-mail mais populares, mas nem sempre foi tão fácil enviar um e-mail — Foto: Marvin Costa/TechTudo
Em 1969, o Departamento de Defesa dos Estados Unidos implementou a Arpanet, precursora da Internet. Nessa rede, surgiu o primeiro envio de e-mail de um computador para outro. O e-mail eletrônico, como conhecemos hoje, foi desenvolvido em 1971 pelo programador Ray Tomlinson, que introduziu o símbolo @ para indicar o destino da mensagem. A world wide web (www), apresentando informações no formato de hipertexto e levando uma internet tangível ao público, só viria em 1991.
7. O Facebook paga pelo menos US$ 500 para quem encontrar erros
O Facebook reconhece e recompensa pesquisadores que ajudam a manter a segurança de seus serviços ao relatar vulnerabilidades. Dependendo do risco, impacto e outros fatores, quem encontrar a falha pode levar uma gratificação a partir de US$ 500. Para que o indivíduo não acabe com um processo ou denúncia à polícia, porém, precisa seguir uma política de responsabilidade, que inclui não explorar o problema e evitar violações de privacidade dos usuários. WhatsApp, Instagram, Oculus e outros produtos da empresa também fazem parte no programa.
Facebook recompensa quem encontra erros, mas não é tão simples assim — Foto: Luciana Maline/TechTudo
8. A senha para o lançamento de mísseis nucleares nos EUA era 00000000
Em 1962, durante a Guerra Fria, o presidente americano John Kennedy temia que comandantes do Exército tivessem muito espaço para iniciar um ataque nuclear por conta própria. Portanto, foi implementada a necessidade de uma senha de oito dígitos para o lançamento de mísseis. O problema é que os oficiais da Força Aérea não ligaram muito para a preocupação e simplesmente colocaram 00000000 como senha em todas as instalações de lançamento – e ainda anotaram em um papel para garantir. A senha permaneceu assim por 20 anos.
Locais de lançamento de mísseis americanos já tiveram segurança duvidosa — Foto: Divulgação
9. A primeira página web do mundo continua intacta no ar
Em 6 de agosto de 1991, o cientista da computação britânico Tim Berners-Lee colocou no ar a primeira página da rede mundial de computadores. Tratava-se de um sumário apresentando a própria world wide web, projeto no qual ele já vinha trabalhando havia anos. A página continua em seu endereço original, no site da Organização Europeia para a Pesquisa Nuclear (CERN), sem mudanças: nada de cores ou imagens, apenas texto e alguns links.
Primeiro servidor web de Tim Berners-Lee — Foto: Reprodução/Wikipédia
Até a invenção revolucionária de Berners-Lee, a Internet consistia basicamente em um grupo de documentos estáticos, usados por organizações de defesa do Estado e instituições acadêmicas. A world wide web veio como uma camada que fica por cima da Internet, em que documentos e páginas podem ser acessados por URLs e conectados via hyperlinks. Assim, a busca e o compartilhamento de informações se tornou acessível às pessoas comuns.
10. Um disco rígido de 5 MB pesava uma tonelada em 1956
O primeiro computador com um hard drive parecido com o que existe hoje foi o RAMAC, lançado pela IBM em 1956. A máquina continha um sistema que usava discos magnéticos e uma cabeça móvel para registrar e acessar dados. Foi uma grande inovação no armazenamento em massa, já que até então guardar dados significava usar cartões de perfuração e fita magnética. O RAMAC tinha uma capacidade de 5 megabytes, pesava mais de uma tonelada e era alugado a quem tivesse interesse em usá-lo por US$ 3.200 ao mês.
RAMAC 305, o primeiro computador com disco rígido — Foto: Divulgação/IBM
Fonte do texto: Techtudo